Inquérito de Mariana já ouviu 70 pessoas e soma quase 600 páginas

22 dez, 2015 • Destaque, Jornal Regional, Telejornal

O inquérito policial que apura as circunstâncias do rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, em Mariana, ocorrido no dia 5 de novembro, atingiu a marca de 70 depoimentos e já está no terceiro volume, segundo o delegado regional de Ouro Preto, Rodrigo Bustamante, que preside as investigações. Ele compareceu a uma audiência pública, na tarde desta segunda-feira (21), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para responder a questionamentos referentes à atuação da Polícia Civil na investigação do desastre.

 

Na ocasião, Rodrigo Bustamante destacou também o empenho da instituição em auxiliar os moradores do distrito de Bento Rodrigues e demais vítimas em aspectos sociais, como o mutirão realizado para providenciar segundas vias gratuitas de documentos perdidos, Carteiras de Identidade, Certificados de Registros e Licenciamento de Veículos (CRV) e Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH).

 

O depoimento do prefeito de Mariana, Duarte Eustáquio Gonçalves Júnior, foi colhido na quinta-feira da semana passada (17). Ele enumerou os prejuízos sofridos pelo município em decorrência do acidente e apresentou documentos oficiais que quantificam as perdas financeiras. Ele disse que Mariana ficou economicamente abalada desde que a avalanche de rejeitos destruiu o distrito de Bento Rodrigues.

 

Dezessete vítimas fatais tiveram seus corpos reconhecidos pelos familiares ou identificados por meio de exame de DNA.  Permanecem desaparecidos Edmirson José Pessoa (48 anos), funcionário da Samarco, e Ailton Martins dos Santos (55 anos) que prestava serviços como terceirizado, pela Integral Engenharia.

Bento Rodrigues

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