Novas provas da Polícia Civil indicam que quadrilha que agia nos vestibulares de medicina também fraudava notas para passar alunos de ano
As investigações da Polícia Civil sobre fraudes em vestibulares de medicina nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, apontam que a quadrilha também auxiliava muitos universitários durante todo o período da faculdade. Segundo a polícia, os aprovados também pagavam para passar de ano.
As provas revelam que depois de passar de forma fraudulenta pelo vestibular de medicina, a quadrilha também ajudava os universitários a passarem de ano. Um dos delegados responsáveis pela investigação disse que em pelo menos uma das 11 instituições, uma pessoa de dentro da faculdade poderia estar mudando a nota das provas do curso. O Delegado, Diogo Medeiros, disse que funcionários de algumas instituições serão ouvidos.
A quadrilha também contava com o apoio de hackers. Os estudantes interessados em participar do esquema faziam a prova com a ajuda de pontos eletrônicos. O hacker então invadia a pagina da instituição de ensino e inseria o nome do candidato na lista de aprovados. Só no momento de fazer a matrícula o candidato ao curso de medicina percebia que havia sido enganado.
Escutas telefônicas com autorização da justiça e divulgadas pela polícia revelam que os criminosos e candidatos usavam celulares de plástico, sem componentes metálicos. Para fazer a prova, os candidatos recebiam treinamento.
Golpista: Você vai pegar o celular, vai colocar ele no silencioso e na calcinha, no zíper. Porque se geralmente eles passam com detector, mas eles só passam detector na hora que entram.
Golpista: Se a prova vai de 13:30h até às 17:30h, ou seja, a partir das 16:30h vai começar a chegar as respostas. As vezes pode antecipar? Pode.
A prazo para a entrega das denúncias ao ministério público se encerra nesta quinta-feira.
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