Tragédia chega aos Vales do Aço e Rio Doce. Para o Ministério Público, rompimento das barragens de Fundão e de Santarém, não foi acidente e nem fatalidade
A tragédia causada pelo rompimento das barragens de Fundão e de Santarém, em Mariana (MG), foi mais um capítulo na triste história que envolve incidentes no país e que causaram mortes, destruição ambiental e sequelas.
O rompimento das barragens causou uma enxurrada de lama que chegou às cidades do Vale do Rio Doce e Vale do Aço. O Rio Doce que passa sob a ponte metálica que liga os municípios de Ipatinga e Caratinga ficou tomado pela lama, como mostra esse vídeo enviado por um telespectador da DoctumTV. Já em Governador Valadares, a maioria dos peixes está morrendo e outros lutam em busca de oxigênio. De acordo com especialistas, os prejuízos ainda não foram calculados.
O ministério Público de Minas Gerais afirmou nesta terça-feira (9), que havia risco de rompimento das barragens da mineradora Samarco em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o promotor de justiça do meio ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, não foi acidente e nem fatalidade. O que teria acontecido seria um erro na operação e negligência no monitoramento da barragem.
Três corpos já foram encontrados e 24 pessoas estão desaparecidas. As buscas devem continuar por tempo indefinido. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, afirmou no domingo, (08), que será difícil encontrar sobreviventes do acidente nas barragens de rejeitos de minério.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento sustentável informou nesta segunda que todas as atividades da Samarco na região de Bento Rodrigues, em Mariana, estão suspensas desde a última sexta (6).
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) acionou a Samarco para que terá que apresentar um Plano de Monitoramento e Reparação para as cidade do estado.
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