Apostilas do ensino remoto em Minas apresentam erros graves

12 jun, 2020 • Acontece, Destaque, Telejornal

Secretária de Educação contesta informações e diz que modelo será ampliado Em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada no dia 8 de junho, professores e representantes de organização da educação criticaram o projeto de aulas a distância as Secretaria de Estado de Educação. Após 03 semanas desde o começo das aulas por vídeo para a educação básica no Estado, o ensino remoto ainda apresenta problemas graves. Os cadernos do Plano de Estudo Tutorado foram um dos alvos das críticas. De acordo com participantes da audiência, eles não trazem conteúdo para os estudantes e propõem atividades sem suporte, é um material precário e raso, não trabalhando conceitos, além de apresentarem erros gravíssimos de conteúdo e de conceito, deseducando desta forma o aluno. No Plano de Estudo, há informações sem citação às fontes nas apostilas, além de erros gramaticais ao longo do material. Consta na apostila de inglês que o escritor inglês Willian Shakespeare nasceu em 1954, mas o ano de nascimento do escritor é 1564. Conforme salientado pelos educadores na audiência, “o que está sendo feito definitivamente não é educação a distância”. A oferta das atividades remotas emergenciais, acentuam a desigualdade social, a partir do momento que não consideram com relevância essas desigualdades. Apenas 186 dos 853 municípios mineiros têm acesso ao sinal da Rede Minas, em que as aulas do ensino estadual estão sendo transmitidas, não alcançando 700 mil dos 1,7 milhões de alunos da rede estadual. A Secretaria de Estado de Educação, informou que mais 85 municípios irão receber o sinal com apoio logístico da secretaria, totalizando 271 cidades e mais 200 mil alunos com acesso a emissora. Na última quarta-feira (10), a Secretária de Estado de Educação Julia Sant’Anna, afirmou que Minas não vai abrir mão do modelo de ensino a distância e falou que as aulas presenciais ainda não têm data para voltar, mas acredita que aconteça ainda neste ano. De acordo com a secretária, a secretaria teve que se reinventar, reconhecendo a necessidade de ajustes. Segundo Julia, o material é extenso e precisou ser feito de forma rápida. Ainda segundo ela, os erros dos materiais já foram corrigidos e há um grupo do sindicato dos professores que tem interesse em interromper os estudos à distância. A secretária afirmou que são 1,2 milhão de casas que recebem o sinal da televisão onde as aulas passam e o canal na internet responsável pela transmissão é visto por 800 mil alunos diariamente.

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