Instabilidade: Depois de grande crescimento nas vendas, preço do etanol aumenta e a competitividade com a gasolina começa a diminuir

5 nov, 2015 • Destaque, Jornal Regional, Telejornal

Em setembro as vendas de diesel e gasolina caíram, e o etanol hidratado no Brasil teve um crescimento de 50% na comparação com o mesmo período do ano passado. Porém, há alguns dias, o conhecido “álcool” vem perdendo a competitividade para a gasolina. Com a instabilidade no preço dos combustíveis vez ou outra os brasileiros fazem um questionamento: devo abastecer o carro com álcool ou gasolina? Nesse momento é importante fazer aquela continha que mostra qual combustível vale mais a pena – levando-se em consideração o valor do litro e o desempenho do veículo.

Será que recorrer ao álcool para abastecer é a melhor saída? Há uma continha que deve ser feita para saber se é mais vantagem colocar álcool ou gasolina. O etanol tem que ter um desempenho de 70% em relação ao da gasolina. Então, por exemplo, se um carro faz 10 km com um litro de gasolina, provavelmente ele fará 7 km com um litro de etanol. Para fazer a conta, basta dividir o valor do preço do litro do etanol pelo valor do litro da gasolina.

O etanol tem perdido a competitividade para a gasolina desde semana passada, em Caratinga. O litro do combustível em um posto de abastecimento da cidade custa R$ 2,55 e a gasolina sai a R$ 3,59. Ou seja, neste caso, eu tenho R$ 2,55 dividido por R$ 3,59 da gasolina, que dá uma relação de 0,71. Isso significa que o preço do etanol está aproximadamente 71% do preço da gasolina, então é melhor abastecer com gasolina porque o álcool está mais caro em relação ao desempenho dele, que é de 70%.

Nos postos a grande maioria ainda não se deu conta do aumento e segue abastecendo o carro com álcool. Porém, as reclamações das altas dos combustíveis são generalizadas. E se tem gente achando tudo caro, assim como o aposentado João Fernandes, é melhor respirar fundo porque a coisa pode piorar. De acordo com o empresário Giovanio Ribeiro de Sá, a Petrobrás informou na noite desta quarta-feira (04) a perda de produção, devido à greve dos petroleiros, de cerca de 318 mil barris.

Por isso que já tem gente rodando menos e economizando ao máximo. Mesmo assim, carro, hoje, é uma necessidade e a tendência, como explicou o frentista José Paulo do Nascimento é abastecer aos poucos.

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