Líder de um dos maiores esquemas de tráfico de drogas no estado é preso por homicídio
Rildo estava foragido na cidade de São Paulo onde mantinha alto padrão de vida
Considerado um dos maiores traficantes do Estado, Rildo Luiz Dias, foi preso na última quarta-feira (21), por policiais civis do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Minas Gerais e de São Paulo, em virtude de um duplo homicídio, cometido no dia 18 de março deste ano, na região de Venda Nova. Durante ação policial, também foram presos outros dois investigados, ligados ao grupo criminoso liderado pelo investigado.
Júlio César Lopes dos Santos (conhecido como Juninho boy), de 31 anos, e Jéssica Roberta Fidélis de Souza, de 24, amante de Rildo, foram presos em Belo Horizonte, em cumprimento de mandados de prisão expedidos em virtude do envolvimento na morte de Sedeson Alves de Amorim Barroso (o Celim), de 25 anos, de Maxuel Martins da Silva (o Tuel), de 20, e ainda pela tentativa de homicídio de outras duas pessoas.
Com eles foram apreendidos celulares, dinheiro, carro, além de documentos, entre eles uma certidão judicial criminal negativa e uma certidão de antecedentes criminais, ambas com nomes falsos. Um quarto integrante do grupo, Gabriel Fernando de Morais Braga (o Bila), de 24 anos, continua foragido.
Segundo levantamentos realizados pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios de Venda Nova, o crime foi planejado e executado de maneira audaciosa, visto que os suspeitos utilizaram-se de coletes e armamento de grosso calibre durante ação criminosa.
De acordo com registros policiais, Rildo tem antecedentes criminais desde 1995, em virtude de um duplo homicídio. Em 2013, ele foi preso em flagrante, em Vespasiano, com mais de uma tonelada de maconha, 36 quilos de cocaína, além de armas, balança eletrônica e uma máquina de contar cédulas. Rildo foi preso usando identidade falsa em nome de Renato de Souza.
“Além de outras técnicas de investigação, a equipe do DHPP contou também com a nova metodologia de análise do crime de lavagem de dinheiro ao rastrear o ‘caminho percorrido’ pelos valores originados do tráfico de drogas (ação conhecida como seguir o dinheiro), na tentativa dos criminosos de ocultá-lo”, ressalta o chefe da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), Luiz Flávio Cortat.
Crime planejado
Investigações apontam que o alvo do grupo seria Sedeson Alves, devido a uma desavença da vítima com Rildo. O conflito teve início a partir do momento em que Sedeson passou a abandonar carros que havia roubado próximo à região do bairro Santa Cruz, local onde Rildo comanda o esquema de tráfico de drogas. Tal atitude estaria atraindo o policiamento para a região e, consequentemente, intervindo na comercialização dos entorpecentes.
Mesmo sendo advertido por Rildo, a vítima não só continuou levando os veículos para o local como, horas antes do crime, ele e alguns comparsas efetuaram diversos disparos contra o portão da casa da mãe de Rildo.
Após planejar a ação, o grupo liderado por Rildo esperou somente receber o aviso de Jéssica, responsável por informar aos executores a chegada de Sedeson ao local combinado. Maxuel Martins foi atingido acidentalmente, assim como as duas outras vítimas tentadas.
Os presos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil com recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de tentativa de homicídio. Rildo também irá responder por falsidade ideológica.
Informações: Assessoria de Comunicação PCMG
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