Minas deve enfrentar novas ondas de Covid-19 até meados de 2021
Mesmo que o pico da Covid-19 aconteça em julho, conforme previsto atualmente, os mineiros não devem ver o ritmo de proliferação da doença reduzir de forma linear nos próximos meses. O governo estadual estima que Minas Gerais deve enfrentar outras ondas de infecção por coronavírus até, ao menos, meados de 2021.
Na prática, isso significa que, até lá, o Estado deve passar por fases de estabilidade da epidemia, intercalados com momentos em que a taxa de contaminação terá aumentos mais acentuados, confirme explicou o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
O fenômeno do novo aumento de casos, conhecido como segunda onda, já foi alertado pela OMS. Segundo Amaral, o meio mais eficiente para evita-lo é a criação de uma vacina, o que ainda não há previsão para ocorrer.
Outra possibilidade levantada por cientistas é atingir a chamada imunidade de rebanho, ocorrida quando a maior parte da população já teve contato com o vírus e, por isto, fica imunizada. O secretário avalia, no entanto, que Minas está longe da realidade.
Enquanto o cenário não muda, a equipe da Secretaria de Estado de Saúde vai monitorar a força da epidemia em cada uma das 14 regiões de Minas. Segundo Amaral, caso a situação comece a sair do controle em alguma cidade, o Governo do Estado pode intervir em relação às medidas de flexibilização.
O pico da epidemia de Covid-19 representa a data em que determinada região deve atingir o maior número de infectados no mesmo dia, demandando a maior quantidade de atendimento médico simultaneamente.
A adoção das medias de isolamento social garantiu, ao Governo Estadual conseguir postergar este pico, pelo menos, seis vezes. Agora, a estimativa atual, que segundo o secretário está se concretizando, prevê o maior número de novos casos para meados de julho, quando deve haver demanda por 1.244 leitos de terapia complexa no mesmo dia.
Informações: Plox
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