Justiça absolve policial acusado de matar jovem em festa do Clube do Cavalo em 2011
Após sete horas de julgamento, o conselho de sentença do Tribunal do Júri decidiu pela absolvição de Isael Júnior Dias, policial civil da cidade de Ipatinga. Isael Júnior Dias, acusado de matar o jovem Jhones Martins de 20 anos, também de Ipatinga, em uma festa ocorrida em dezembro de 2011 no Clube do Cavalo, localizada na divisa entre Caratinga e Ipatinga. O policial julgado, foi absolvido por legitima defesa.
Do lado de fora parentes e amigos mostraram indignação com a decisão da justiça. A prima de Jhones; Sara da Silva, desmaiou na sala de audiência quando ouviu a sentença inocentando o policial. Com camisas estampadas com a foto do jovem, eles gritaram na porta do Fórum por justiça! “Eu acho que testemunhas mentiram, ficaram intimidadas pela presença de tantos policiais. É muito complicado para a família, até mesmo em se sentir ouvida pela justiça. Não foi justo!”, disse Sara da Silva, prima de Jhones.
Já do outro lado, estava a família e amigos do policial inocentado, também com camisas em apoio a ele. “A sentença espelhou o que o processo revelava; a inocência do réu. Agora, Isael continuará em liberdade, não constando nenhum tipo de registro na ficha dele, processualmente falando. Sendo hoje chancelada de forma definitiva”, comentou o advogado de Defesa, Fábio Silveira.
O julgamento aconteceu no Fórum Desembargador Faria e Souza em Caratinga.
ENTENDA O CASO:
O crime ocorreu no interior do Clube do Cavalo, localizado às margens da BR-458, entre Caratinga e Ipatinga. O levantamento na época indiciou que Johnes Martins, morador na rua Êxodo, bairro Caçula, em Ipatinga, participava do evento Quintaneja, quando estourou um conflito envolvendo algumas pessoas. Um dos seguranças chegou a imobilizar um dos envolvidos.
Assim que o homem se soltou, sacou da cintura uma arma de fogo e disparou uma vez, à queima-roupa, acertando o tórax de Johnes. A família insiste que Johne não participava da briga, apenas teria ido buscar um amigo no meio do tumulto, momento em que houve o disparo. O então delegado regional de Ipatinga, João Xingó de Oliveira, informou que, em depoimento, o policial civil alegou que o tiro foi disparado em meio à confusão. Ele disse que a arma da Polícia Civil que portava, um revólver calibre 38, caiu.
Isael nunca foi preso. Apresentou-se dois dias depois ao delegado regional, entregou a arma e respondeu todo o processo em liberdade.
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