Polícia Civil de Belo Horizonte prende dois motoristas de escolares suspeitos de abuso sexual contra crianças

28 jan, 2016 • Sem categoria

A Polícia Civil realizou o cumprimento de dois mandados de prisão temporária de suspeitos de abuso sexual contra crianças em casos semelhantes. Os homens eram motoristas de vans escolares e se aproveitavam do emprego para abusar das crianças que eram transportadas por eles. As prisões foram realizadas nesta quarta-feira (27).

 

Um dos motoristas, Ronaldo Meira Amaral, 45 anos de idade, que atendia a escolas do bairro Prado, é suspeito de abusar sexualmente de uma menina de sete anos dentro da van durante o trajeto para a escola. A família descobriu sobre os possíveis abusos depois que a criança chegou em casa com meia hora de atraso em relação ao horário habitual. Ao ser questionada , a menina contou à avó sobre os abusos e disse que não havia falado antes sobre o que acontecia por medo de Ronaldo, que a ameaçava de deixá-la de castigo na van e de matar os pais caso ele fosse descoberto. O caso foi investigado pela delegada Iara França, que depois dos procedimentos investigativos solicitou a prisão temporária do suspeito.

 

Em um segundo caso semelhante, Helbert Martins Marques, conhecido como “Cebolinha”, 53 anos, é suspeito de abusar de outras três crianças: uma menina de dois anos, uma menina de quatro anos e outra de oito anos. Ele ainda é suspeito de outros dois casos que foram descobertos depois da prisão dele, também nesta quarta-feira (27), e estão sendo investigados pela delegada Taís Degani. O motorista atendia a escolas dos bairros Castelo e Caiçara.

 

As investigações desse caso começaram quando uma das vítimas de quatro anos foi diagnosticada com uma doença sexualmente transmissível, o papilomavírus humano HPV, e ser encaminhada para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Na unidade, a criança foi atendida pelas psicólogas do Depca e contou sobre os abusos.  O suspeito cometia os abusos dentro da van nos trajetos entre a casa das meninas e a escola, uma das vítimas de oito anos de idade chegou a ir à casa do motorista. A vítima contou à delegada que ele ofereceu a ela um picolé para atraí-la até a residência.

 

Apesar da semelhança entre os casos os suspeitos não se conheciam e agiam sozinhos.  Tanto Ronaldo quanto Helbert negam ter cometido o abuso. Helbert alegou que trabalhava sempre com ajudantes na van e por isso nunca ficava sozinho com as crianças, contudo, não soube informar os nomes dessas pessoas.

 

Os dois foram encaminhados para o presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves.

 

Orientações

 

A delegada Iara França observa que alguns cuidados devem ser tomados pelos pais para identificar se as crianças estão sendo abusadas e para evitar situações de risco.  “Antes de escolher um transporte escolar é importante verificar o histórico profissional do motorista ou da empresa prestadora do serviço. Conversar com pais que utilizam o serviço e com a escola também é fundamental”, explica a delegada, que orienta a confirmar com a instituição de ensino se estão acontecendo atrasos e também com os pais dos colegas dos filhos.

 

Outra dica de França é conversar com os filhos sobre a rotina deles “perguntar ao filho porque atrasou, como foi na escola e no caminho para casa também pode ajudar aos pais a identificar se alguma coisa está acontecendo”.

 

Informações e fotos: Assessoria de Comunicação – PCMG

 

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