Novas provas da Polícia Civil indicam que quadrilha que agia nos vestibulares de medicina também fraudava notas para passar alunos de ano

11 dez, 2013 • Destaque

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Delegado revela novos detalhes sobre a investigação

As investigações da Polícia Civil sobre fraudes em vestibulares de medicina nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, apontam que a quadrilha também auxiliava muitos universitários durante todo o período da faculdade. Segundo a polícia, os aprovados também pagavam para passar de ano.

As provas revelam que depois de passar de forma fraudulenta pelo vestibular de medicina, a quadrilha também ajudava os universitários a passarem de ano. Um dos delegados responsáveis pela investigação disse que em pelo menos uma das 11 instituições, uma pessoa de dentro da faculdade poderia estar mudando a nota das provas do curso. O Delegado, Diogo Medeiros, disse que funcionários de algumas instituições serão ouvidos.

A quadrilha também contava com o apoio de hackers. Os estudantes interessados em participar do esquema faziam a prova com a ajuda de pontos eletrônicos. O hacker então invadia a pagina da instituição de ensino e inseria o nome do candidato na lista de aprovados. Só no momento de fazer a matrícula o candidato ao curso de medicina percebia que havia sido enganado.

Escutas telefônicas com autorização da justiça e divulgadas pela polícia revelam que os criminosos e candidatos usavam celulares de plástico, sem componentes metálicos. Para fazer a prova, os candidatos recebiam treinamento.

Golpista: Você vai pegar o celular, vai colocar ele no silencioso e na calcinha, no zíper. Porque se geralmente eles passam com detector, mas eles só passam detector na hora que entram.

Golpista: Se a prova vai de 13:30h até às 17:30h, ou seja, a partir das 16:30h vai começar a chegar as respostas. As vezes pode antecipar? Pode.

A prazo para a entrega das denúncias ao ministério público se encerra nesta quinta-feira.

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