MESMO COM INSTABILIDADE ECONÔMICA NO PAÍS, SETORES DE ENTRETENIMENTO E EVENTOS BUSCAM MANTER RITMO DE CRESCIMENTO JÁ QUE MUITOS BRASILEIROS NÃO ABREM MÃO DE MOMENTOS DE LAZER

6 set, 2016 • Destaque, Telejornal

Apesar dos números negativos que levam ao pessimismo e até a generalização da atual situação que o país vive, existem dois setores que, mesmo com as dificuldades, têm sofrido de maneira menos acentuada, em relação aos outros, com a crise financeira: são os de eventos e entretenimento. Os empresários dos ramos apostam na criatividade e no espírito empreendedor para tentar driblar os problemas e até reaquecer a economia na região de Caratinga.
Contra a maré do negativismo, o empresário Gabriel Côrtes, proprietário de um bar e restaurante de Inhapim, adotou estratégias para expandir os negócios do estabelecimento comercial dele que existe há 9 meses, e que abre de terça a domingo. Inovar o tempo todo seria a principal estratégia. Além disso, as promoções – sem perder a qualidade – têm atraído para o empreendimento dele um grande público de Caratinga, que se desloca 60 KM, ida e volta, para curtir uma noite de lazer ou um almoço de domingo.
O apresentador do programa Conexão Empresarial, da DOCTUM TV, Nuno Albuquerque, recebe semanalmente empresários dos mais diversos ramos. De acordo com as conversas e depoimentos dos entrevistados, é possível perceber que os proprietários de bares e restaurantes da região realmente têm inovado e buscado as mais variadas alternativas para superar o momento difícil: “Hoje nós movimentamos US$ 42 bilhões ao ano só na área de entretenimento e há perspectivas de que se a economia entrar em um ritmo de aquecimento, em 2018, este valor pode passar de US$ 70 bilhões por ano. É uma demanda que existe e que eu acho que o público que busca o entretenimento está ficando cada vez mais exigente.”
De acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), um em cada cinco empresários do setor avalia encerrar as atividades ou repassar o ponto até o fim deste ano. São 200 mil estabelecimentos que podem não resistir ao marasmo econômico. Oitenta e quatro por cento alegam baixo faturamento frente a um grande aumento de custos. Ou seja, mesmo com as estratégias para atrair os clientes, as contas não fecham.
Há 3 anos funcionando na Praça Calógeras, um bar e restaurante de Caratinga tem passado por diversas adequações para driblar a crise. No almoço, a variedade de comida oferecida é menor que antes. Nos últimos meses 9 funcionários tiveram que ser demitidos. A empresária Joana D’Arc Alves faz uma relação direta entre a instabilidade política vivida pelo país e a crise econômica, mas como boa brasileira ela acredita em dias melhores.

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