Cafeicultores da região da Zona da Mata protestam contra o baixo preço do café

4 jul, 2013 • Política

Manifesto Portal doctum 1O café de Minas Gerais corresponde mais de 50% da safra nacional e ocupa o segundo lugar na pauta de exportações do Estado, depois do minério de ferro. Segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para 2013, a colheita nas lavouras de Minas Gerais deve alcançar 11,8 milhões de toneladas de café. A expectativa da safra para a Zona da Mata é de 5 milhões de sacas, com os preços girando em torno de R$ 260,00.

“Geramos mais de vinte mil empregos. Queremos mais valorização para nossa classe. Se continuar assim esse preço baixo, fica difícil pra mantermos nossa produção. O custo de uma lavoura é alto”, relatou o cafeicultor Antônio José Simigueli.

Em pleno período de colheita os produtores estão enfrentando dificuldades para arcar com os altos custos da mão de obra para colheita. O presidente da Associação de Agricultura Familiar do Leste de Minas Gerais, Admar Soares, disse que uma saca de café custa ao produtor R$380,00 e é vendida a R$260,00.

“Em 1994, uma saca de café tinha o mesmo valor do salário mínimo. Hoje os agricultores familiares estão enfrentando muitas dificuldades”, relata Admar.

Os manifestantes fecharam a BR 262 que dá acesso a Belo Horizonte e ao Espírito Santo e também a BR 116 que liga os estados Rio de Janeiro e Bahia. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o protesto gerou 20km de congestionamento nos dois sentidos de cada BR.

No entroncamento das BRS 116 e 262 foram queimadas sacas com palhas de café. A manifestação que durou cerca de cinco horas foi pacífica e sem registro de tumultos.

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