Preservação do Muriqui: Cientistas Brasileiros discutem Plano para Conservação do Primata

14 jun, 2013 • Destaque

Caratinga está recebendo a visita de diversos cientistas da área ambiental. De hoje, 14 de junho até domingo (16) eles estarão discutindo o Plano de Ação Nacional para a conservação dos Muriquis. Os debates relacionados ao maior primata das Américas fazem parte da agenda Caratinga+30. Um projeto de desenvolvimento sustentável para os próximos 30 anos. O primeiro dia de encontros aconteceu nas dependências da FIC – Faculdades Integradas de Caratinga. O PAN, Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Muriquis, tem a finalidade de aumentar as pesquisas de conhecimento do Mono Carvoeiro, popularmente conhecido como Muriqui. As pesquisas devem garantir até 2020 a redução de ameaça de extinção da espécie. Os trabalhos de pesquisa tem apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Para o Coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros, Leandro Jerusalinsky, é importante pesquisar o modo de vida do macaco e a sua forma de relacionamento com outros da mesma espécie. “É fundamental a gente trabalhar o habitat do muriqui prá gente pensar na persistência dessa espécie a longo prazo”, concluiu Jerusalinsky. Cientistas de todo o país e até de outros países estão discutindo as dez metas e 54 ações num processo de elaboração do projeto.

O encontro teve a participação de um representante da família Abdala. Um dos netos de Feliciano Miguel Abdala lembrou a importância dos primeiros atos de seu avô para defender a mata e os seus moradores. Ramiro Abdala disse que o avô foi um pioneiro da área conservacionista na região. Segundo ele, as pesquisas feitas na fazenda da família contribuíram com a preservação dos primatas e com o trabalho feito pelo criador da fazenda onde está instalada a reserva.

Durante o evento, o Diretor-Presidente da Rede Doctum, Cláudio Leitão, foi presenteado com um exemplar do livro do Plano de Conservação do Muriqui. Cláudio agradeceu o presente e disse que se sente feliz em recepcionar os pesquisadores e como a busca do conhecimento tem ajudado os primatas e todo o seu meio ambiente. “Nós sentimos cumprindo a nossa missão, abrigando o conhecimento que transforma a vida, não é? E nesse caso garantirá para as futuras gerações a conservação dessa espécie tão encantadora, tão ameaçada, que é o muriqui”.

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