Infestação de caracóis gigantes afeta bairros de Caratinga

13 abr, 2017 • Acontece, Destaque, Telejornal

A infestação do caracol gigante africano tem sido um grande transtorno para os moradores de alguns bairros de Caratinga, especialmente o Limoeiro. Nossa equipe de reportagem conversou com o biólogo Harley a respeito dessa espécie e seus principais riscos.

Esse molusco, que põe 200 ovos a cada dois meses, é uma ameaça ecológica e sanitária, além de ser um dos principais vetores da meningite. O biólogo Harley Coelho nos conta um pouco mais sobre essa espécie, seus principais riscos e as principais ações a serem tomadas por quem enfrenta essa infestação. “A proliferação do caracol africano é muito rápida porque ele não precisa de macho ou fêmea e se reproduz sozinho e há uma porcentagem de 90% de sobrevivência dos filhotes desse animal. Ele traz muitos prejuízos pra agricultura e pra saúde, é um dos principais vetores da meningite. As pessoas precisam tomar cuidado com o manuseio desse animal, que deve ser feito com luvas ou plástico, e a eliminação dele deve ser feita com sal ou cal, é preciso fazer uma vala e eliminar”.

O caracol é muito resistente ao período de seca, mas gosta mais da umidade e da sombra, por isso se locomove e se alimenta mais em dias nublados, chuvosos e durante a noite. Ele é capaz de escalar muros e árvores e desta forma se deslocar de um terreno a outro. Ao contrário do que muitos pensam, a espécie não é um caramujo e sim um caracol.

Dona Maria das Graças é moradora do Bairro Limoeiro, local com maior incidência de caracóis. Ela diz que a infestação tem sido cada vez pior, não apenas na sua residência, mas em toda a vizinhança: “Desde que me mudei pra cá estou enfrentando isso. Eles acabaram com a horta, acabaram com tudo. Aparecem na minha casa, nos vizinhos, em todos os lugares”.

Dona Maria Lucia, também moradora do Limoeiro, enfrenta a infestação de caracóis na sua casa há 7 anos. Ela e seus filhos fazem o que podem para combater, mas nenhuma medida resolve o problema: “A gente põe sal e madelesma, que meu filho compra. Está uma praga. Quando chove aparece muito e ao entardecer. O caracol come tudo que plantamos, não adianta plantar nada porque perde tudo”.

Segundo Harley, as autoridades municipais devem fazer um trabalho de parceria junto à comunidade com o objetivo de efetivar o controle, que é a única forma de combater a população de caracóis. “É preciso fazer o mais rápido possível um mutirão junto com a comunidade, participando, pra tentarmos o controle. Quanto mais ele espalha, maior é o risco à saúde pública e todas as pessoas daqui estão correndo risco.

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